Reciclagem

O PET é o plástico

número  em reciclagem

O PET é o plástico mais reciclado em todo o mundo e o Brasil possui posição de destaque nesse contexto, com desempenho superior aos Estados Unidos e diversos países da União Europeia e Ásia. Trata-se de um dos melhores exemplos de economia circular e de atividade baseada nos três aspectos da sustentabilidade: econômico, social e ambiental (link para beneficios da reciclagem).

O índice de reciclagem brasileiro atingiu 56,4% das embalagens de PET descartadas pela população em 2021, um crescimento de 15,4% sobre o volume registrado m 2019.

Os números são do 12º Censo da Reciclagem do PET no Brasil, elaborado pela Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet), com a participação de 140 empresas de todo o País, divididas em recicladores (24%); aplicadores, que são empresas que adquirem e utilizam o PET reciclado em seus produtos (61%);` e integrados, que fazem a reciclagem e também utilizam o material na fabricação de itens que retornam ao mercado (13%).

Esse crescimento é reflexo do fortalecimento da economia circular, composta por uma indústria diversificada, que utiliza o PET reciclado em seus produtos. A criação dessa cadeia, feita ao longo de 20 anos, resulta em uma demanda consistente, que cria valor à reciclagem do PET.

A amplitude no uso do PET reciclado acontece porque o Brasil é um líder mundial em diferentes aplicações para o PET reciclado, o que gera demanda pelo produto, revertido em faturamento e renda para diversos elos da sociedade.

Circularidade: novas embalagens puxam consumo do PET reciclado

O crescimento da reciclagem de embalagens PET (15,4%) superou também o crescimento do consumo de resina virgem, que foi de 12,4% no mesmo período. Esse desempenho mais favorável para o material reciclado decorre da evolução que vem acontecendo entre as empresas usuárias da embalagem e o seu compromisso com a circularidade.

Tanto isso é verdade que o principal consumo da resina PET reciclada foi registrado pelos fabricantes de preformas e garrafas, produtos que são utilizados principalmente pela indústria de água, refrigerantes, energéticos e outras bebidas não alcoólicas. No último levantamento, de 2019, esse setor consumia 24% do total do PET reciclado. No novo Censo, o índice alcançou 29%. Essa indústria se utiliza do processo conhecido como bottle to bottle, principalmente em decorrência do aumento da produção de embalagens em grau alimentício (food grade), que nos últimos anos mostrou uma grande evolução tecnológica, garantindo qualidade e saudabilidade.

Em razão dessa diversidade, o PET reciclado é encontrado em peças de vestuário – basicamente o poliéster utilizado na composição dos tecidos –, garrafas plásticas e embalagens utilizadas por grandes fabricantes de refrigerantes e bebidas, produtos de beleza e limpeza, tintas e vernizes, tapetes e carpetes automotivos, entre outros. O setor têxtil vem em segundo lugar, com o consumo de 25% de todo o material reciclado, uma alta de dois pontos percentuais sobre o índice de 2019. As embalagens para sólidos (bandejinhas termoformadas) manteve o percentual já registrado em 2019 e fechou o ano passado com 17% do volume total de PET reciclado.

A ABIPET defende a construção de grandes centros de triagem para separar materiais recicláveis, o aumento da coleta seletiva nos municípios e do número de cooperativas de catadores. Com essas iniciativas, associadas ao descarte correto feito pelos cidadãos, o País será capaz de abastecer as linhas de reciclagem, impedindo que embalagens continuem sendo enterradas em lixões e aterros, resultando em um desperdício de matéria-prima que poderia ser muito útil à sociedade, gerando emprego, renda e preservando o meio ambiente.