O Poli(Tereftalato de Etileno), ou simplesmente PET, iniciou sua trajetória na indústria têxtil.
A primeira amostra da resina foi desenvolvida pelos ingleses Whinfield e Dickson, em 1941. A Segunda Guerra Mundial gerou o desabastecimento de vários setores, incluindo a indústria têxtil, que na época ainda se baseava em fibras como algodão, linho, lã, entre outras.
Com a invenção desse polímero, foi possível criar as “fibras têxteis de poliéster”, que até hoje observamos em diversos artigos do nosso vestuário, de cama, mesa, banho e até industriais como pneus, lonas, etc.
As primeiras embalagens de PET surgiram nos Estados Unidos – e logo após na Europa – no início dos anos 1970.
A partir daí, a evolução tecnológica permitiu a construção de fábricas com capacidades que se multiplicavam a cada década.
No Brasil, o uso do PET para embalagens teve início no final da década de 1980 e seguiu uma trajetória semelhante ao resto do mundo. Apenas a partir de 1993 passou a ter forte evolução mercadológica, notadamente para o setor de refrigerantes, pois proporciona eficiente barreira a gases, uma característica exclusiva entre os plásticos, importante para esse segmento.
Hoje, é comum encontrarmos no Brasil e no mundo unidades produtivas com capacidade em torno de 500 mil toneladas / ano.
A fabricação de preformas e garrafas passou por transformações mecatrônicas, resultando em verdadeiros robôs que produzem dezenas de milhares de unidades por hora, conquistando, assim, espaço em diversos segmentos de bebidas e alimentos, tais como: refrigerantes, água, óleo, sucos, lácteos, temperos, detergentes, desinfetantes, álcool gel, entre outros.
No caso da reciclagem, o Brasil é um exemplo mundial na criação de novos destinos para o PET reciclado. O País conta com inúmeras aplicações que impulsionaram a demanda e criaram uma verdadeira indústria da reciclagem do PET.
Esse notável exemplo do que hoje chamamos de Economia Circular atravessou, nas últimas duas décadas, um forte período de evolução tecnológica que transformou o Brasil em um dos líderes mundiais em reciclagem, comparável aos países mais desenvolvidos no mundo.